Poucas palavras:

Blog criado por Bruno Coriolano de Almeida Costa, professor de Língua Inglesa desde 2002. Esse espaço surgiu em 2007 com o objetivo de unir alguns estudiosos e professores desse idioma. Abordamos, de forma rápida e simples, vários aspectos da Língua Inglesa e suas culturas. Agradeço a sua visita.

"Se tivesse perguntado ao cliente o que ele queria, ele teria dito: 'Um cavalo mais rápido!"

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

REPOSTAS PARA OS QUESTIONAMENTOS DO BLOG #2.


Andei um pouco atarefado nesse ultimo mês e por isso as postagens, que eram diárias, perderam um pouco do seu ritmo.  PERGUNTA #1


Durante esse pouco tempo que fiquei sem postar, muitas preguntas, pedidos e sugestões foram surgindo. Não sou dono da verdade, nem pretendo ser, mas se me fazem uma pergunta é porque esperam ouvir minha opinião sobre determinado assunto.

Como dito anteriormente, não postarei os nomes dos questionadores por ter perdido o controle dos mesmos. Foram vários e-mails que recebi e não pude lembrar o nome de todos, pois foram se acumulando. 

Dando continuidade as perguntas e respostas que vão surgindo no blog. Estamos na segunda pergunta. Vejam a primeira (link).


PERGUNTA 02: Sou professora de língua em uma escola de idiomas onde meus alunos aprendem por meio da ABORDAGEM COMUNICATIVA. Como todos nós, professores de idiomas, sabemos muitos dos nossos materiais de apoio sempre trazem amostras de várias pessoas que são falantes de inglês americano, britânico e etc. Qual variação ou pronuncia devemos priorizar? Que inglês devemos ensinar aos nossos alunos?





RESPOSTA 02: Pergunta muito frequente nos cursos de idiomas. Na verdade, dificilmente um aluno de línguas, seja no começo do curso ou no meio, não faz esse tipo de indagação: Que inglês eu vou aprender?


Já escrevi um artigo sobre o assunto no blog – Que inglês devemos estudar? – para responder a essa pergunta, vou me aproveitar de uma colocação que você mesma fez: “o nosso material de apoio sempre traz amostras de várias pessoas que são falantes de inglês americano, britânico e etc.”.

Se o material traz essa variedade de falantes, nativos ou não, é um bom sinal, pois você terá a oportunidade de fazer com que seus alunos tenham contato com diversas formas de falar; pronuncias variadas e entonações diferentes. Melhor dizendo, seu aluno terá contato com diversos “ingleses” (Englishes). Uso o termo no plural porque essa, ao meu entender, deveria ser a nomenclatura correta. Temos diversas formas de falar o português, nossa língua nativa, não é verdade? Um cearense não fala igual a um gaúcho, ou melhor, apesar deles falarem a mesma língua, os dois falam de forma bem diversificada.

[Grupo de intercambistas]


Em relação ao inglês, eu responderia que você deve sempre lembrar aos seus alunos que existem variações e eles devem se preparar para usar a língua como cidadãos de um mundo globalizado. Posso afirmar, com muita certeza, que um dia seu aluno irá precisar se comunicar com um americano da mesma forma que também terá de se comunicar com um japonês fazendo uso da língua inglesa.

Eu mesmo tive a oportunidade de estudar com brasileiros, irlandeses, americanos e britânicos em uma mesma turma e posso afirmar que os sotaques eram dos mais variados possíveis. Foi uma experiência sensacional onde percebi que mesmo falando com ritmos, tons e formas diferentes, todos nós nos comunicávamos muito bem fazendo uso da mesma língua. Não havia um uso de uma variedade especifica.

Já em sala de aula, tive um aluno colombiano e outro tailandês (em anos e escolas diferentes) e mesmo com a interferência dos sotaques, ficou claro que nenhum dos dois falava uma variante especifica como inglês americano ou britânico, por exemplo. Mesmo assim a comunicação sempre fluiu muito bem e com muita clareza. 


Lembre-se que você sempre será um(a) brasileiro(a) falante de inglês. Da mesma forma que você consegue identificar que algum gringo não é nativo na língua portuguesa, ele também poderá perceber o mesmo, mas isso não quer dizer que ele não possa te entender ou ser entendido.

Sugiro que deixe claro para seus alunos que eles não precisam se preocupar em falar igual a um americano ou britânico para poder se considerar um falante fluente da língua inglesa. Você pode e deve dizer que eles têm o direito e escolher se desejam falar como um britânico, mas isso é uma questão de escolha dele, o aluno não deve ser levado para um caminho mitológico de que ele deve falar do mesmo jeito que Fulano ou Cicrano.

Qual inglês ensinar? Nenhum, ou melhor, todos. Se for possível faça com que seus alunos tenham contanto com as mais variadas formas possíveis.

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