Poucas palavras:

Blog criado por Bruno Coriolano de Almeida Costa, professor de Língua Inglesa desde 2002. Esse espaço surgiu em 2007 com o objetivo de unir alguns estudiosos e professores desse idioma. Abordamos, de forma rápida e simples, vários aspectos da Língua Inglesa e suas culturas. Agradeço a sua visita.

"Se tivesse perguntado ao cliente o que ele queria, ele teria dito: 'Um cavalo mais rápido!"

sábado, 27 de outubro de 2012

Entrevista com Denilso de Lima.





O entrevistado dessa semana é Denilso de Lima. Nessa entrevista agradável, o mesmo fala um pouco das dificuldades enfrentadas pelos profissionais de idiomas, da forma como criou o blog Inglês na Ponta da Língua, faz um breve resumo da vida profissional e uma breve avaliação do ensino de língua inglesa no Brasil.

Denilso é conhecido em todo o país e atualmente, escreve livros, faz pesquisas no campo de aquisição e ensino lexical, dá treinamentos a professores de escolas particulares e públicas, palestras em faculdades, palestras motivacionais para público interessado, além de ministrar cursos online para o público interessado e cuidar do blog Inglês na Ponta da Língua, da fanpage do mesmo, que ultrapassou o número de 100.000 fãs antes do final do ano.  


Esperamos que apreciem essa entrevista.

  1. Poderia fazer um resumo da vida profissional?

Tudo começou em 1995. Eu era voluntário em uma igreja e como tal dava aulas para crianças de uma comunidade atendida pela igreja. Em 1996, fui trabalhar em uma unidade de ensino de idiomas (Escolas Follow me). Depois fui passando por outras escolas: CEBEU, Instituto Britânico, CCAA, Skill, CNA, Cultura Inglesa. Na Cultura fui professor, coordenador pedagógico e gerente administrativo. Depois saí! Montei uma escola própria. Mas, minha paixão era treinar professores, escrever livros e coisas assim. Larguei a escola e estou onde estou hoje.

  1. Quando decidiu se tornar professor de língua inglesa?

O momento crucial foi em 1999. Foi nesse ano que decidi ser Profissional de Ensino de Língua Inglesa. Passei a ler livros, artigos, trocar ideias com outros professores. Enfim, foi o momento que passei a encarar tudo como Profissão e não como bico, passatempo.


BRAZ TESOL.


  1. Como você avalia o ensino de língua inglesa no Brasil? Qual a importância dessa língua no mundo globalizado em que vivemos?

O ensino de língua inglesa no Brasil tem dois lados. O primeiro lado é o público. Nesse lado, nós sabemos que o Brasil é péssimo em relação ao ensino de inglês. O Governo não possui uma política pública de ensino e isso faz com o ensino regular seja precário no que diz respeito ao ensino da língua. O segundo lado é o privado. Ensinar inglês no Brasil é um comércio lucrativo. Por causa disso, proliferam país a fora tantas escolas de idiomas. O problema é que dentro do universo privado temos também dois lados: um lado que se preocupa com o ensino/aprendizado da língua, que busca aperfeiçoamento de seus profissionais, que está na vanguarda do que temos hoje na área; o outro lado visa apenas o lucro às custas do sonho das pessoas que desejam falar inglês, esse é o lado obscuro que não paga bem os professores, que não se preocupa com a qualidade do seu material, que não investe na qualificação profissional de sua equipe.

Para um país que deseja ser líder global, que quer (e vai) sediar eventos internacionais importantes, isso tudo é perigoso. Afinal, como todos sabemos a língua inglesa é essencial nos dias de hoje em todos os âmbitos da vida. Sendo ela uma língua importante para o desenvolvimento de um país como um todo, os órgãos públicos e privados deveriam levar este assunto com mais seriedade.






  1. Você criou um dos maiores blogs de dicas de inglês do Brasil e também uma das maiores fanpages de dicas no Facebook. Como nasceu a ideia do blog e qual o papel da internet na divulgação das dicas de inglês?

O blog nasceu como uma válvula de escape. Eu passava por um momento difícil na vida pessoal e profissional. O blog serviu apenas como refúgio. Não tive nenhum planejamento. Não tive nenhum investimento. Na verdade, eu não tinha nem a ideia de que isso viria a ser “um dos maiores blogs do Brasil”. Enfim, já ganhamos prêmio, já fomos indicados por várias revistas... Isso é legal! A única coisa que batalhei para ser grande foi a fanpage, que hoje tem mais de 100.000 fãs.

A internet é interessante! Quisera eu tê-la à minha disposição quando comecei a estudar inglês. Na rede encontramos rádios, canais de TV, jornais, revistas, livros, pessoas, comunidades, etc., que nos ajudam a aprender inglês e a desenvolver nosso conhecimento da língua. Portanto, a internet possui um papel quase que central na vida de quem realmente quer aprender inglês. Cabe à pessoa – o aprendiz – saber tirar proveito do que ela oferece.



  1. Como é o Denilso De Lima em sala de aula?


Eu sou suspeito para falar! Essa pergunta deveria ser feita aos meus ex-alunos. Apenas para constar aqui eu não dou mais aulas de inglês. Atualmente, escrevo livros, faço pesquisas no campo de aquisição e ensino lexical, dou treinamentos a professores de escolas particulares e públicas, palestras em faculdades, palestras motivacionais para público interessado, dou cursos online para o público interessado, cuido do blog, da fanpage e tudo mais.

Mas, o Denilso em sala de aula era um cara extrovertido e que ajudava os alunos a aprenderem inglês de modo descomplicado. Não focava nas deficiências dos alunos, mas sim nos pontos fortes. Não me preocupava com pequenos erros de pronúncia ou gramaticais; pois, esse é o tipo de coisas que a pessoa aprende com o tempo de envolvimento com a língua. Em resumo, eu era um profissional focado nos estudantes e aprendizado deles; não era focado no prazo, no livro, na tecnologia e essas coisas todas. Em resumo, eu era assim! Meus alunos e alunas podem confirmar ou negar isso tudo! (risos).




  1. Você é autor de vários livros sobre o a língua inglesa, dá pra viver bem como escritor? Como é esse universo de escritor de livros para a área de língua inglesa? E qual foi a sensação ao publicar o primeiro deles?

(risos) Ao contrário do que as pessoas pensam, não dá para viver bem como escritor. Aliás, não dá nem para viver. A única coisa legal em ser escritor é a aura de glamour que existe. É uma coisa engraçada. Eu chego em um local e as pessoas comentam isso. Tirando essa pequena “fama”, não tem nada demais em ser escritor. Eu ainda preciso trabalhar muito para poder me manter!

O universo de escritor de livros para a língua inglesa, em minha opinião, só é melhor se você tem um nome de gringo. Autores brasileiros não parecem ter muita credibilidade do público. Principalmente, do público professor! Muita gente pode discordar disso; mas, a verdade é que assim como as pessoas acham que o melhor professor de inglês é o cara que vem de fora, a grande maioria dos professores também acha que os melhores pesquisadores e autores são os que vêm de fora. Então, trata-se de um universo complicado. Eu já me bati muito com isso! Hoje, não me importo mais! Faço o que faço para o meu público e fico feliz com isso.

A sensação de publicar o primeiro livro é a mesma sensação que temos ao recebermos nosso primeiro salário na vida. Você se sente o próximo grande milionário do mundo. Acha que vai comprar carro zero todo ano. Acha que vai comprar um iate e fazer um cruzeiro pelo mundo a fora. Quando a ficha cai e você percebe que não é nada disso, bate uma tristeza. Você sabe que seu livro é excelente, ajuda as pessoas e coisas assim. Mas, as pessoas precisam descobrir você. É aí que você descobre que se quiser ganhar alguma coisa com um livro escrito, você precisa aparecer o máximo que puder e fazer as pessoas perceberem que precisam ler seus livros. Em resumo, a gente vai dos céus à terra.




  1. Como foi o Denilso aluno? Como aprendeu inglês?

O Denilso aluno era um misto de CDF com bagunceiro. Até hoje não sei como eu tirei boas notas em algumas provas. Em relação ao inglês, eu aprendi sozinho. Nunca fiz curso de idiomas e nunca saí do Brasil. Aprendi com os recursos que eu tinha na época. E, sendo filho de pais que não tinham nem a 5ª série, os recursos eram escassos. Eu pegava livros emprestados da biblioteca da escola para estudar. O dicionário que eu tinha eu ganhei de um tio e era um dicionário da década de 1960. Meu primeiro conjunto de fitas eu ganhei, mas não tinha onde ouvir. Em casa não tínhamos um aparelho toca-fitas. Mesmo diante das dificuldades eu estava decidido a aprender inglês. Cheguei a desanimar muitas vezes. Só depois que descobri os exames de Cambridge é que melhorei. Pois, esses exames serviram de base para meus objetivos. Assim fiz o FCE, o CAE e o CPE e passei em todos logo de primeira. Com força de vontade, motivação, criatividade e objetivos bem definidos. Qualquer pessoa é capaz de grandes realizações.

  1. Já passou por alguma situação inusitada ou embaraçosa em sala de aula?

Quem nunca passou! Tem aquelas situações clássicas das vestimentas das garotas serem decotadas demais. Tem aquelas situações nas quais um aluno diz algo inapropriado do ponto de vista feminino. Tem as situações de você ser cantado pelas alunas. Tem situações de todos os tipos. Escolher uma é deixar de lado outras interessantes. Então prefiro ficar só nisso mesmo!




  1. Todo profissional passa por momentos difíceis em sua vida profissional. Você já citou isso, inclusive criou o blog INGLÊS NA PONTA DA LÍNGUA nesse período. Já chegou a pensar em desistir da profissão? Largar tudo e fazer outra coisa?

No período de 1997-1998, eu pensava em ser administrador de empresas, contador, coisas assim. Em 1999, resolvi levar a carreira a sério. Depois, em 2005-2006, pensei em arrumar um emprego qualquer e deixar tudo isso de lado. Pensei em trabalhar como secretário bilíngue, vendedor, fazer concurso público para alguma área... Aí em 2007, logo depois da criação do blog, algumas coisas legais começaram a acontecer. Em 2008, mudei para Curitiba e aí a história é a que temos hoje. Todo profissional tem seus altos e baixos; mas, quando você se identifica com a área e sabe que tem muito a contribuir com ela, você continua firme. As mudanças podem não ocorrer por sua causa, mas o que você fizer, por menor que seja, já contribuirá para as mudanças que serão feitas um dia.




  1. Na sua visão, qual o maior problema ou dificuldade para quem deseja ser professor de língua inglesa na região onde você mora?


Aguentar o salário! Esse é o desafio de todo o Brasil! As pessoas acham que por falarem inglês e trabalhar na escola tal, elas terão um salário alto. Quando entram, percebem que o salário não é lá essas coisas. Para ganhar bem, você precisa se sacrificar e dar muitas aulas. Para piorar, a maioria das escolas no Brasil não registra os professores em carteira. Isso dá uma insegurança muito grande. É por isso que muitos donos de escolas reclamam que não encontram professores. A maioria deles não percebe que eles próprios são os maiores desafios para que eles possam encontrar profissionais.



  1. Recentemente, lançaram uma pesquisa onde o Brasil aparecia como um dos piores países da América do Sul em nível de fluência em inglês. Levando em consideração que a noção (concepção) de fluência pode variar, como você avalia esse tipo de informação; tem fundamento?

Esse tipo de pesquisa serve apenas para confirmar aquilo que todo profissional da área de ensino de inglês já sabe: o Brasil é péssimo mesmo. Nada de investimento, nada de planejamento, nada de incentivo aos professores, nada de qualidade, nada de tudo relacionado a isso. Portanto, para mim, esse tipo de pesquisa é como a reinvenção da roda. Nós já sabemos disso há muito tempo. Não precisamos de uma pesquisar para escancarar isso!

O grande ponto aqui é o seguinte: agora que isso está sendo escancarado, o que será feito a respeito? O Governo vai tomar uma atitude? Alguma empresa vai tomar uma atitude? A empresa que fez a pesquisa vai tomar alguma atitude? Quem vai fazer o quê? Vão destinar recursos para pesquisas na área e assim melhorar o cenário futuramente?

Esse tipo de pesquisa ajudaria se ao serem divulgados os resultados alguma ação fosse tomada. Mas, isso não acontece. Essa pesquisa não é nova. Ano passado o Brasil aparecia na 34ª posição, este ano aparece na 46ª. É bem provável que ano que vem esteja na 50ª alguma coisa! Afinal, ninguém faz nada.

Não sei como a pesquisa foi feita. Não sei quais os critérios utilizados para definir o vago conceito de fluência. O que sei é que a pesquisa foi conduzida por uma das maiores escolas de idiomas online do mundo. Logo, podemos acreditar na seriedade da pesquisa ou duvidar da mesma. De um jeito ou de outro, isso não muda o quadro de que a fluência do brasileiro é umas das piores do mundo.

  1. O que um professor precisa ter para ser considerado um bom profissional em sua opinião?

Paixão! Se não tiver paixão, esse professor não se desenvolverá na profissão. Se ele não se desenvolve profissionalmente, será sempre um profissional medíocre e sem muito conhecimento. Como ele não terá muito conhecimento, seus alunos e alunas não confiarão nele. Logo, ele estará fora do mercado. Portanto, se você quer ser um bom profissional, almeje ser um excelente profissional: leia livros, estude, participe de eventos, aprimore-se, aprenda sempre mais, converse com colegas da área, escute seus alunos e foque nas necessidades deles. Enfim, apaixone-se e tudo isso acontecerá sem muito esforço.



  1. Que mensagem você deixaria para quem deseja estudar inglês e para os professores desse idioma?

A mensagem para os professores já está acima: apaixone-se pela profissão. As dificuldades existem em qualquer área. Ninguém nesse mundo ganha o que merece. Portanto, não adianta reclamar disso. Foque no seu desenvolvimento profissional. Afinal, conhecimento não mata ninguém!

Aos alunos a mensagem é a seguinte: envolvam-se com a língua inglesa diariamente. Só estudar os livros das escolas não resolve. Só ouvir os CDs dos livros não resolve. Só assistir a duas aulinhas por semana não resolve. Portanto, envolva-se com a língua: escute, leia, escreva, fale (nem que seja sozinho), crie estratégias de aprendizado, cante, recite, decore textos, músicas, diálogos, viva a língua inglesa o máximo que puder e logo você perceberá seu progresso. Não espere pelos outros! Seja você a diferença na sua própria vida. Envolva-se com a língua e quando menos perceber você certamente estará com o inglês na ponta da língua.

That’s it! J





quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Como se diz “puxa-saco” em inglês?




Sabemos que no mundo moderno a concorrência é tão grande que, infelizmente, às vezes, trabalhar muito, estudar e se preparar, e desempenhar um bom trabalho não é o suficiente para ser reconhecido no ambiente de trabalho ou até mesmo promovido. Pior do que isso, às vezes são comuns as ascensões sociais dos PUXA-SACOS (em alguns locais, chamamos de babões).


Você sabe como dizer isso em inglês?



John: Stop being such a brown-noser! Flattery will get you nowhere, my friend.

(João: Para de ser puxa-saco! Adulação não vai te levar a lugar nenhum!)





O leitor já deve ter percebido que o fato desse nariz está marrom, (brown, em inglês) é porque ele deve ter estado em um local nada agradável que o deixou “sujo” assim.


MENOR DE IDADE, não leia isso:

Acredito que a ideia de nariz melado (nesse caso, de bosta) vem da suposição de enfiar o mesmo no rabo de alguém. No Brasil, chamamos de "baba-ovo", isso mesmo, ficar enfiando não o nariz, mas a boca nos testículos de alguém, no ovo (cunhão, em algumas regiões).








Além de BROWN-NOSER poder ser usado como expressão, podemos aplicar o mesmo como ação – BROWN-NOSING. Nesse caso, temos o ato e, não a pessoa, sendo enfatizado.



E tem mais:

Também podemos dizer, apple-polisher, para nos referirmos ao mesmo termo.

An apple-polisher is someone who utilizes gifts and flattery as means of attempting to achieve promotion or favor. 







Gostou? Compartilha e segue o blog no Facebook. E pelo amor de D... Pare de ser um BROWN-NOSER. 





Quem é o maior BROWN-NOSER que você conhece, amigo leitor? 


segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Interdisciplinaridade: língua inglesa e física.





Infelizmente, sou um filho do ensino público brasileiro (desde a pré-escola até a universidade), e por isso não tive aulas de todas as disciplinas, hora por falta de professores, hora por falta da disciplina. Não vejo motivo nenhum para lamentar tanto, uma vez que agora, posso estudar as mesmas disciplinas fazendo uso da minha maior ferramenta: A LÍNGUA INGLESA.

Encontrei esse canal no YOUTUBE e estou tentando adaptar alguns vídeos para minhas aulas temáticas. Assim, aprendemos todos juntos: os alunos e o professor.

Como são vídeos curtos, tanto os alunos quanto qualquer pessoa interessada em aprender algo sobre outras disciplinas, podem estudar pelo uso de tal recurso. Se um professor de física, que já conhece a teoria de Einstein, assistir à esse vídeo, provavelmente não terá muitas dificuldades, uma vez que o decente já possui conhecimento técnico suficiente para fazer inferências a partir do vídeo.  

Ótimo vídeo para trabalhar em aulas de línguas inglesa e física. #fica a dica.









sábado, 20 de outubro de 2012

Você gosta de histórias linguísticas?

Em 1855, um sujeito de nome Pedro Carolino teve a incrível ideia de escrever um livro com frases em inglês para ajudar os estudantes brasileiros a se comunicarem. O livro tinha o seguinte título: "O Novo Guia da Conversação em Portuguez e Inglez".



A ideia era excelente, mas tinha um problema: Carolino não sabia absolutamente nada de inglês.

Nem ao menos entendia inglês. Nunca tinha ao menos falado "the book is on the table" em sua vida. O que Carolino tinha era um dicionário de Português-Francês e outro de Francês-Inglês.


Decidido a levar o projeto adiante, Carolino conseguiu uma cópia de um guia de conversação português-francês escrito por um renomado autor da época, José da Fonseca. Foi na obra de José da Fonseca que Carolino conseguiu boa parte das frases em português e seus equivalentes em francês. Aí, ele pegava o seu dicionário de francês-inglês, fazia as traduções e assim compilava seu "O Novo Guia da Conversação em Portuguez e Inglez", também conhecido em inglês como "English As She Is Spoke".


Carolino, para dar mais credibilidade à sua obra, começou a dizer que estava escrevendo o livro em co-autoria com José da Fonseca (que nada sabia do fato). Afinal, como o sr. da Fonseca era famoso e respeitado, o Carolino não seria questionado em seu trabalho. O pobre José da Fonseca entrou na história sem saber de nada.


O resultado não poderia ser outro a não ser um dos livros mais engraçados e rídiculos da história do ensino de inglês (ou melhor, do 'desensino' de inglês). Sim! O livro foi publicado! Nele Carolino traduz diálogos, provérbios, expressões idiomáticas e tudo mais que segundo ele eram essenciais para que um brasileiro se comunicasse bem em inglês. 


A obra de Carolino é tido como um livro de humor nos países de língua inglesa e o precursor do humor feito com as pérolas de estudantes. Mark Twain, o famoso autor, foi convidado a escrever a introdução do livro e nela podemos ler o seguinte:


"Nobody can add to the absurdity of this book, nobody can imitate it successfully, nobody can hope to produce its fellow; it is perfect, it must and will stand alone: its immortality is secure (Ninguém conseguirá acrescentar mais coisas absurda neste livro, ninguém será capaz de imitá-lo com maestria, ninguém poderá criar algo parecido; é perfeito, não tem e nem nunca terá um igual, a sua imortalidade é certa.)


Veja a seguir algumas pérolas encontrada em "O Novo Guia da Conversação em Portuguez e Inglez" reproduzidas aqui EXATAMENTE como estão no livro.


- He eat untill to can't more.
- It is better be single as a bad company.
- There is not better sauce who the appetite.
- The shurt him the doar in face.
- Which like Bertram, love hir dog.
- Few, few the bird make her nest.
- And what clock dine him?
- Apply you at the study during that you are young.


DIALOGUE 16 For To See the Town


- Anothony, go to accompany they gentlemen, do they see the town. We won't to see all that is it remarkable here. Come with me, if you please. I shall not forget nothing what can to merit your attention. Here we are near to cathedral; will you come in there? We will first to see him in outside, after we shall go in there for to look the interior. [...]


Fonte: >>>AQUI<<<

Como se diz “trocar seis por meia dúzia” em inglês?







Em português, a expressão popular trocar seis por meia dúzia significa trocar uma coisa por outra igual como em MUDOU O GERENTE, MAS FOI COMO TROCAR SEIS POR MEIA DÚZIA. É uma mudança que não interfere em nada. Aprenda agora como dizer essa expressão na língua inglesa.

Em inglês, to be six of one (and) half a dozen of the other significa trocar seis por meia dúzia como em I compared the two stereos, and in most respects it’s six of one, half a dozen of the other(comparei os dois aparelhos de som e, em muitos aspectos, é trocar seis por meia dúzia).

 EXAMPLE:


I say to my husband, "Should I take Highway 101 or Highway 280?" and he replies, "It's six of one and a half dozen of the other." He means that I'll get there in about the same amount of time whether I take one road or the other.




sexta-feira, 19 de outubro de 2012

O que significa “vicious” em inglês?






Mais uma vez estamos diante de um falso cognato. Se o leitor imaginou que “vicious” é o mesmo que “vicioso” no nosso português, errou. Na verdade, podemos até usar esse termo como “vicioso”, mas em frases do tipo “vicious circle” (círculo vicioso).


Como sempre dizemos: “as aparências realmente enganam”. Vejamos então alguns exemplos:


That is a vicious dog. Stay away from it!
(aquele é um cachorro feroz. Fique longe dele!)
Be careful. She can be vicious sometimes.
(cuidado. Ela pode ser perversa às vezes).



O leitor já deve ter percebido que “vicious” significa “cruel, perverso, feroz, agressivo, malvado”. O mais curioso nisso tudo é a relação da imagem dessa postagem com o vocábulo em questão: QUEM afinal é esse cara da imagem? Um punk doidão que também é professor de inglês? Não. Esse é o Sid Vicious, um músico punk inglês que foi baixista de nada mais nada menos do que daquela famosa banda punk inglesa, SEX PISTOLS.


Curiosamente, Sid Vicious, não era seu verdadeiro nome. Isso mesmo, John Simon Ritchie-Beverly, era o verdadeiro nome do músico mencionado e homenageado nessa postagem. Veja o que diz o Wikipedia:


Em Hackney (bairro no nordeste de Londres), John conheceu John Joseph Lydon (que mais tarde se tornou Johnny Rotten), John Wardle e John Gray, formando "o bando de Johns". Nessa época, ele se tornou bem amigo de John Lydon e eles já eram considerados estranhos, ele já pintava os cabelos, influenciado por David Bowie.
Antes de ser Sid Vicious, John eram chamado de Sly e acabou trocando seu apelido após levar uma mordida do roedor de John Lyndon, Sydney, e chamá-lo de perverso (vicious significa perverso em inglês - daí surgiu o nome Sid Vicious).



Para complementar essa postagem, fica o link de uma entrevista com Sid. (Atenção: O risco de palavrões é eminente. Se você é menor de idade, não deve ouvir a entrevista).





quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Como se diz “audição” em inglês?






A palavra em questão refere-se à capacidade de perceber os sons, ou seja, audição.


Se você pensa que audição em inglês se diz “audition”, errou feio. Muito cuidado com o uso desse termo, pois o mesmo significa, “teste ou apresentação, feita por ator, cantor ou outro tipo de artista em que ele é avaliado para uma peça ou filme, ou até mesmo, um show”.



Read:


Joey Tribbiani could hardly hold back his tears when he was told at the end of the audition that he had won the part in a major movie.


Em inglês, usamos “hearing” para audição.

Read:


Julia is hard of hearing: you should speak up if you wan her to hear you.


Em inglês, muitas pessoas usam um hearing aid para ouvir melhor. Esse aparelho de audição ajuda aqueles que não podem ouvir muito bem.

Se você gostou da dica, curta nossa página no Facebook e fique por dentro das próximas novidades do blog. 

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

The Business of English.




 The Business of English from Australia Network is a 15-part series for intermediate to advanced English language learners which looks at the language used in everyday business situations such as meetings, presentations and negotiations. You can watch the episodes online or download them as a video podcast. Full transcripts are available for each episode.


COMMENT

Each ten-minute episode features a short business sketch which is then dissected by the presenter. A fantastic resource for learners and teachers alike. Check out the Australia Network site for more English video series, including Study English, an IELTS preparation course.

Source: TheEnglishBlog

sábado, 6 de outubro de 2012

Entrevista com o professor RAFAEL MEDEIROS.



PROFISSÃO PROFESSOR: HISTÓRIAS DOS PROFESSORES DE LÍNGUA INGLESA.




A entrevista dessa semana é com o professor Rafael Medeiros. Nessas curtas mensagens, o professor faz diversas análises do ensino de idiomas no nosso país, compartilha um pouco da sua história e nos fala das dificuldades em relação ao ensino da língua inglesa na região onde atuava.

1.                 Poderia fazer um breve resumo de sua vida acadêmica e profissional?


Eu sou professor de inglês há mais ou menos cinco anos. Comecei minha carreira como monitor e galguei posições ate chegar a professor. Lecionei inglês por cinco anos no Yazigi Natal. Nesse meio tempo me formei em Letras – Português, Inglês e Literatura pela Universidade Potiguar. Em 2010 abri um escritório de aulas particulares junto a um colega e amigo de trabalho e iniciei meu outro lado, e um dos que mais me influencia até hoje, que é o de professor de English for Specific Purposes (ESP). Este ano, 2012, deixei tudo de lado para fazer mestrado em Teaching English as a Foreign or Second Language (M.Ed in TESFL) na Simon Fraser University (SFU), em Vancouver, Canada.



2.          Quando e como decidiu ser professor e Por que escolheu lecionar inglês?


Na verdade, a escolha foi um tanto conturbada. Em 2006, depois de chegar de um intercambio em Vancouver, Canada, entrei na faculdade para cursar Sistemas de Informação. Porem, 1 ano e meio depois, percebi que aquilo não era pra mim, não tinha como eu continuar naquela universidade; naquele curso. Tranquei o curso e passei 2 semanas sem saber o que fazer da vida. Ai foi onde veio o dilema e a decisão. Eu sempre me perguntava o que eu sabia fazer de bom que me poderia render um emprego. E a conclusão foi que eu era um bom falante da língua inglesa. Portanto, deveria ingressar no curso de Letras. Ao mesmo tempo, como aluno no Yazigi Natal, fui chamado para ser monitor de aulas por ser um dos alunos com certo diferencial na sala de aula. Aceitei o emprego. Dai minha vida foi iniciada. Desse dia em diante, sei que escolhi a profissão certa e sei que estou nela porque amo o que faço.


BRAZ-TESOL 2012 NATAL.

3.          Quais os maiores desafios para alguém que deseja ser professor de inglês na região onde você mora?


Hoje em dia moro no Canada, mas falarei de Natal, pois estive mais tempo na cidade. Com certeza, o primeiro desafio e como a sociedade vê o professor. E essa visão não é nada boa. O professor, no Brasil, é um profissional altamente desvalorizado e diminuído, o que caracteriza uma péssima relação com outras profissões. Em Natal, porém, outra dificuldade é a falta de empregos de qualidade para professores de língua inglesa. O Natalense ainda entende nossa profissão como um hobby e não dá o valor necessário ao professor de inglês. Ainda se acredita na falácia de que um amigo que foi fazer intercambio pode traduzir qualquer coisa e que ele também pode dar umas aulinhas de inglês. Quanto mais informal você for, mais terá sucesso. PROFISSIONALISMO PARECE SER ALGO QUE NÃO CONDIZ COM A PROFISSÃO NOS OLHOS DA SOCIEDADE.


Especialização em Língua Inglesa. 


4.          Quais os planos para o futuro em relação à vida profissional?



Hoje, como já falei, estou cursando mestrado. Depois do mestrado, pretendo dar entrada no meu PhD, na mesma universidade que estou, ou em outra qualquer que me aceite. Meu objetivo e virar um palestrante internacional e um acadêmico de peso.



5.          Qual a importância de aprender uma língua estrangeira hoje em dia?



Como todas as teorias já dizem e redizem, INGLÊS É UMA LÍNGUA FRANCA E INTERNACIONAL. E esse status é o que mantem a importância da língua. Ser falante de inglês significa possuir um maior status socioeconômico. Significa ter mais acesso a informações que correm pelo mundo. Inglês transforma pessoas comuns em cidadãos do mundo, parte de um mundo que domina.



Mestrado (Canadá)
6.          Como é o Rafael Medeiros em sala de aula? É difícil ser professor ou você leva numa boa?



Ser professor pra mim é a melhor coisa do mundo. Não há profissão mais altruísta do que a do professor. Se relembrarmos que o aprendizado de uma língua é para a vida toda, para o professor é mais importante ainda. SOMOS UMA MÁQUINA INCESSANTE DE APRENDIZADO E DE ENSINO. E isso torna nosso trabalho gratificante e valioso. Aprendemos cada vez mais para ensinar e capacitar nossos alunos para libertá-los.



Eu costumo dizer que a sala de aula pra mim e uma piscina de eletricidade. Quando eu entro, mudo de 110 v para 220 v e me transformo. Passo de passivo para ativo. E espero que com isso, meus alunos se tornem pessoas mais ativas em seus mundos. Eu sempre prego que o exemplo e o melhor ensinamento, portanto, tenho que me adaptar a sala de aula e mostrar aos meus alunos como as coisas devem ser.




7.          Como você avalia o ensino de línguas estrangeiras no Brasil? É satisfatório?


Infelizmente, no Brasil o ensino regular em relação ao ensino de inglês é péssimo. Não adianta tentar mascarar o que acontece. PREPARAR UM CURRÍCULO ESCOLAR BASEADO NUM EXAME DE ADMISSÃO DE UNIVERSIDADES NÃO É NADA DO QUE SE ESPERA DE UM PROFESSOR DE LÍNGUA INGLESA. Enquanto o mundo inteiro se globaliza focando em coisa bem mais importantes, nós ainda focamos em testes e exames que sabemos que não medem nada, além de frustração e desapontamento. Como pode um país que tem ensino de língua inglesa desde a infância possuir tão poucos falantes? E sem dúvida, um tanto quanto contraditório! Estamos pregando algo que vai contra a maré, nadando para algo que nem faz sentido. O ensino escolar e tão insatisfatório que gera milhares de cursos particulares de inglês. Tantos deles que são encontrados em cada esquina. Eles são o melhor exemplo de como o nosso sistema não funciona e está errado.


TEFL/TESOL

8.          Conte alguma situação inusitada vivida em sala de aula.


Não tem coisa mais engraçada no mundo do que uma situação inusitada em uma sala de aula. E dessas, eu tenho muitas. Não vou usar nomes nem me referir a locais. Como nessa vida de professor trabalhamos com o mais variado tipo de gente, acabamos nos expondo a vários tipos de situações, das mais constrangedores às corriqueiras. Uma das mais constrangedoras que já passei foi quando eu dava aula individual a uma aluna que usava seu corpo como objeto de trabalho. Em uma das atividades que estávamos fazendo, surgiu a pergunta “What do you like to do when you are alone?”. Sem titubear, a aluna olha pra mim e diz “Ah, teacher, masturbation”. E claro, nesse momento não há nada o que fazer a não ser prosseguir para a próxima pergunta.



9.          Qual mensagem você deixaria para as pessoas que estudam ou ensinam a língua inglesa?


NUNCA ESQUEÇAM QUE O ENSINO OU APRENDIZADO DE UMA LÍNGUA E UM PROCESSO PARA A VIDA TODA. Ele nunca acaba. Quer você goste ou não. Ate mesmo na nossa língua mãe, estamos sempre aprendendo coisas novas, seja em uma velocidade mais rápida ou mais lenta. Não há como dominar uma língua em um curto espaço de tempo.