Poucas palavras:

Blog criado por Bruno Coriolano de Almeida Costa, professor de Língua Inglesa desde 2002. Esse espaço surgiu em 2007 com o objetivo de unir alguns estudiosos e professores desse idioma. Abordamos, de forma rápida e simples, vários aspectos da Língua Inglesa e suas culturas. Agradeço a sua visita.

"Se tivesse perguntado ao cliente o que ele queria, ele teria dito: 'Um cavalo mais rápido!"

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Entrevista com a professora Carina Fragozo.



A entrevista dessa semana é com a professora CARINA FRAGOZO, que compartilhou um pouco das suas experiências e nos deu ótimas dicas.

Nessa ótima entrevista, Carina nos fala da vida profissional, das dificuldades em relação ao ensino de línguas no Rio Grande do Sul, da experiência fora do Brasil e muito mais.
Essa entrevista está muita boa. Confiram.

Poderia fazer um breve resumo de sua vida acadêmica/profissional?

Sou formada em Letras-Inglês pela PUC-RS e mestre em Linguística, com ênfase em Fonologia, pela mesma universidade. Frequentemente participo de congressos como ouvinte e como apresentadora, e sempre busco estar atualizada em aspectos do ensino e aprendizagem de Língua Estrangeira - LE. Leciono inglês há seis anos (desde os meus 17). Tenho experiência como tradutora de artigos científicos, professora de curso de línguas para todos os níveis, professora particular, professora de inglês instrumental em curso técnico, e professora de inglês para o Ensino Médio.  Atualmente, leciono no Cultura Inglesa, em uma escola particular (Ensino Médio) e em aulas particulares.

Porque decidiu ser professora de Língua Inglesa?

Sempre quis ser professora. Mais ou menos com 12 anos comecei a me interessar muito por músicas e filmes internacionais e acabei me apaixonando pela língua inglesa e pela cultura de países falantes da língua. Acredito que tenha nascido para isso, pois nunca tive dúvidas sobre qual caminho seguir.

Quais as dificuldades que um profissional de idiomas na região onde você atua?

A primeira dificuldade que me vem à cabeça talvez seja comum não só aqui no RS, mas em todo o Brasil. Muitos cursos de idiomas não levam em consideração a formação do profissional e contratam tanto professores com formação em Letras quanto pessoas que falam inglês, mas não possuem qualquer formação em ensino. Assim, a remuneração em muitos cursos de inglês acaba não sendo muito atrativa para quem estudou quatro anos de faculdade.

Nas escolas regulares, um grande problema é a baixa carga horária da disciplina de inglês. Onde eu trabalho, por exemplo, os alunos do Ensino Médio têm apenas um período (50 min.) de inglês por semana, o que acaba me deixando um pouco frustrada. Entretanto, destaco que para bons profissionais sempre há boas oportunidades, pois a formação em Letras abre um grande leque de possibilidades de atuação no mercado de trabalho (traduções, aulas particulares, escolas, cursos, concursos públicos, etc.).

Como você avalia sua formação acadêmica?

Tive uma formação muito forte, na PUC-RS. Quando entrei na faculdade, senti um baque com o nível de inglês dos meus colegas, que era superior ao meu. Com muita dedicação, no terceiro semestre já estava apta a ler a versão original de Hamlet, como qualquer colega. Como fiz licenciatura plena em Língua Inglesa, pude estudar de forma aprofundada a cultura, a literatura e a linguística aplicada ao inglês, com professores maravilhosos. Apesar disso, considero que minhas aulas de didática e de prática de ensino não me prepararam para a atuação profissional.

Acabei a faculdade com 20 anos (faço aniversário em janeiro) e logo ingressei no mestrado, que me ensinou a ser independente, a ser pesquisadora. Os debates eram mais avançados e instigavam uma “sede” por conhecimento. Tornei-me muito mais questionadora após o mestrado.

Quais são seus planos em relação a sua vida profissional?

Pretendo estudar para obter o CPE e iniciar o doutorado em Linguística. Meu objetivo é lecionar em Ensino Superior, na Faculdade de Letras.

É fácil perceber que você é uma pessoa que ama o que faz e que procura está atualizada em relação ao ensino de Língua Inglesa. Por que você resolveu criar seu blog? De onde veio a ideia?

Como leciono inglês instrumental para informática, procurei artigos que mencionassem o uso de tecnologias nas aulas de língua estrangeira. Encontrei um artigo na revista Disal que falava sobre um projeto de ensino envolvendo a criação de blogs. Criei o meu no início deste ano como um meio de me acostumar com a ideia para então aplicar o projeto com os alunos. Até agora, não realizei o tal projeto que me inspirou a criar o blog, mas estou “viciada” em procurar informações interessantes para postar. Aprendo muito ao pesquisar para publicar dicas de pronúncia, de vocabulário, de gramática e de viagem. Também gosto de compartilhar minhas ideias de projetos e de atividades, e sempre exponho os melhores trabalhos dos meus alunos (eles ficam orgulhosos!). Fico feliz quando um professor que nem conheço me escreve para dizer que se interessou pela minha ideia e irá aplicá-la com seus alunos!

De acordo com as informações contidas no seu CV, você estudou na Inglaterra. Como foi essa experiência?

Estudar no exterior sempre foi um sonho. A Inglaterra sempre me encantou e, por isso, não tive dúvidas na hora de escolher meu destino. Estudei Inglês Avançado por um mês na escola Avalon, em Londres. Confesso que algumas aulas deixaram a desejar, pela falta de preparação dos professores. Aprendi principalmente vocabulário e cultura Britânica. Foi ótimo ter contato com falantes de todo o mundo.

Você ensina Inglês Instrumental para Meio Ambiente. É difícil encontrar material para preparar as aulas nessa área?

Fui convidada para lecionar esta cadeira sem nenhum plano de ensino, sem nenhuma orientação. Procurei materiais de apoio na internet e não encontrei muita coisa. Acabei montando meu próprio plano de aulas, com ênfase na leitura de textos e em vocabulário relacionado ao meio ambiente. É fácil encontrar atividades sobre o meio ambiente, mas a maioria é direcionada ao ensino de crianças e adolescentes. Por isso, criei muitas atividades de leitura com textos do próprio site do Greenpeace, de acordo com as necessidades desses alunos.

Como é a Carina em sala de aula? É difícil ser professor ou você leva numa boa?

Acredito que eu seja uma professora alto astral, que tende a manter as aulas em um clima agradável e descontraído. Nas aulas de Ensino Médio tive que aprender a ser mais séria e rígida de vez em quando, para manter a disciplina. NUNCA leciono uma aula sem estar preparada, e os alunos percebem isso. Dia desses um me disse: “puxa, suas aulas têm os minutos contados, sempre tem algo a fazer”. E é isso mesmo, aluno meu não fica parado sem fazer nada (risos). Não acho difícil ser professora, mas às vezes é cansativo chegar em casa e continuar trabalhando em preparação de aula, correções, etc.

Poderia contar alguma situação embaraçosa ou inusitada que você vivenciou em sala?

Em 2010, quando lecionei uma cadeira de inglês básico em um curso de extensão na PUC-RS, tive um casal de alunos que sempre conversava muito comigo, e a aluna comentava que tinha mais dificuldades de aprender do que seu marido. Na prova final da cadeira, a menina tirou uma nota baixa e ficou em recuperação. Na aula seguinte, a moça apareceu chorando na sala, dizendo que seu marido tinha pedido o divórcio por ela ser muito “burra” e não conseguir entender as minhas aulas. Fiquei chocada com a notícia e tentei acalmar a aluna, que chorou durante a prova inteira.

Resumindo: a aluna reprovou e eu nunca soube se o divórcio ocorreu ou não, já que nunca mais os vi!

Em nenhum momento, você já pensou em desistir ou mudar de profissão?

Por enquanto, não. Como disse, acredito que eu tenha nascido para isso, e não me imagino fazendo outra coisa.

Que mensagem você deixaria para aqueles que estudam/ensinam a Língua Inglesa?

Aos estudantes: qualquer um pode se tornar altamente proficiente em inglês, basta querer! Não espere que seu professor ensine tudo o que você precisa saber em duas ou três horas de aula semanais! Seja autônomo, busque informações na internet, assista a filmes, seja curioso! É cientificamente comprovado que a motivação é um fator importantíssimo para o sucesso na aprendizagem!

Aos professores: não podemos parar no tempo, temos que nos reciclar! Há inúmeros sites e livros com dicas de atividades comunicativas, então não há mais desculpas para ensinar somente tópicos gramaticais descontextualizados!  E sejamos orgulhosos pela nossa profissão, because we rock, guys! J

Convido a todos para visitarem e seguirem o blog, English in Brazil: teachercarinafragozo.blogspot.com. lá, ela Compartilha atividades, ideias de projetos, dicas de inglês, artigos, informações culturais, enfim... Façam uma visita e deixem seus comentários!

Se você gostou dessa entrevista, divulgue entre seus contatos e/ou deixe seu comentário no blog.
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11 comentários:

Unknown disse...

muito bom o conteúdo do blog! e util tbm! rs obrigada pela visita!

Cláudia Benevides disse...

Blog super interessante!
Gostei muito, parabéns!!
Bjoss...
http://draclaudiabenevides.blogspot.com/

Unknown disse...

Hello, Bruno!
Obrigada pela oportunidade de compartilhar ideias. Divulgarei o seu blog para meus alunos e colegas. Cheers,
Carina

Unknown disse...

Have a look: http://teachercarinafragozo.blogspot.com/2011/11/fui-entrevistada.html

Tania Fragozo disse...

Achei a entrevista maravilhosa.Beijos.

Bruno Coriolano disse...

Ana Caroline = Muito obrigado.

Cláudia Benevides = Valeu pela força.

Carina Fragozo = Já conferi. Eu que agradeço pela participação.

Tania Fragozo = A entrevista tá ótima.

Valeu a todos pelos comentários.

Bárbara disse...

Gostei do blog xD

Bruno Coriolano disse...

Estou divulgando meu blog para todos aqueles que desejam estudar e aprender inglês pela internet, no conforto da própria casa. É rápido, simples e você pode estudar na hora que quiser e quantas vezes desejar.

Não estou pedindo nada em troca, apenas e divulgação do mesmo.
www.portaldalinguainglesa.blogspot.com

We are all learners, just as we are all teachers. Some people may have a job that gives them the title of teacher, but in their daily work, they are also learning.

Anônimo disse...

A professora Carina Fragoso ja demonstrou atraves do seu blog que e uma excelente profssional bilingue. O que me chamou a atencao no seu portao foi o comentario que ela fez sobre o casal, cujo marido quis a separacao por achar a sua esposa pouco inteligente, quando a tolice e dele proprio porque nem todos tem a mesma capacidade de aprendizado e aprender lingua exige nao somente boa vontade mas, tambem, um pouco de talento.
A proposito, bom seria se o esposo dizesse a sua companheira, "Meu amor, voce nao tem a mesma capacidade minha, mas eu te amo mesmo assim." Talvez a esposa ate conseguisse aprender melhor o Ingles sem a necessidade de separacao.
Aprender linguas e divertido mas nao e facil, mas a vida conjugal costuma ser um pouco mais complicada.

Unknown disse...

Segue abaixo algumas perguntas frequentes em entrevista em inglês:

• Why should we hire you?
• Why do you want this job?
• Why were you fired?
• Why do you want to work for this company? Why do you want to work here?
• What are you weaknesses & strengths?
• Why did you leave your last job? What are the reasons you left your last job?
• What (value) do you bring to the company? – Your qualifications for the job requirements.
• Why do you think you would make a great addition to our team?
• How long will you work for us?
• How is your relationship with co-workers? What do colleges or supervisors say about you?
• Give us examples of situations of pressure that you faced.
• Give an example when you have worked out above/beyond your normal job profile to make something happen for the company.

Veja também este link, foi algo que me ajudou muito em minha primeira entrevista em inglês:

https://go.hotmart.com/T10013909C

Unknown disse...

Gostei muito da entrevista, também sou professor de inglês em uma ONG. Vou usar suas dicas p/ melhorar meus ensinos p/ com os alunos. Sou como vc,me amarro muito no idioma começei a gostar desde cedo vendo desenhos animados e fazendo traduções. Mais uma vez, muito obrigado! Valeu!